Na passada quinta-feira, o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami, disse que esta decisão teria "consequências desastrosas" para a região.
Hatami realizou conversas telefônicas com os seus homólogos do Kuwait, Omã e Qatar, instando-os a resistir às tentativas dos EUA de aumentar a presença norte-americana no golfo Pérsico.
Washington está tentando formar uma coalizão conhecida como Operação Sentinel, em meio às crescentes tensões, a fim de escoltar os petroleiros e proteger a navegação no estreito de Ormuz.
Seyed Hadi Borhani, professor na Universidade de Teerã e especialista em países do Oriente Médio, expressou sua opinião sobre a participação de Israel nesta coalizão.
"Israel não tem qualquer interesse no setor energético, ou em qualquer outro setor na região, ele [Israel] não tem nada aqui que possa proteger. No entanto, Israel persegue outros interesses. Penso que ele está buscando inflamar um conflito, ou até mesmo uma guerra, entre os países do Golfo tais como o Irã e a Arábia Saudita, disse Borhani.
Falando sobre a possível reação das autoridades iranianas às ações do Israel, o especialista salientou que Teerã encara isso como uma ameaça séria.
"Para o Irã, Israel é o inimigo principal e, se ele se aproximar da fronteira iraniana ou ameaçar os interesses de Teerã, as ações das autoridades iranianas serão rápidas e consequentes, o que resultará em uma pressão significativa sobre Israel. No fim, as autoridades iranianas irão determinar o rumo político em relação a Israel e farão tudo o que estiver ao seu alcance para impedi-lo de entrar na região", ressaltou o professor iraniano.
Esta semana, o ministro israelense das Relações Exteriores disse que seu país estava prestando assistência à ccoalizão naval liderada pelos EUA que está se formando no Oriente Médio , prestando vários tipos de apoio ao nível de informações.