Essa declaração foi feita pelo embaixador norte-americano na Alemanha, Richard Grenell. Segundo ele, "é ofensivo esperar que os contribuintes norte-americanos continuem a pagar por milhares de militares dos EUA na Alemanha". Ele destacou que chegou o momento em que os norte-americanos e o presidente dos EUA devem reagir.
Ao mesmo tempo, a embaixadora dos EUA na Polônia declarou que ela "daria as boas-vindas às tropas norte-americanas se elas vierem para a Polônia". No seu Twitter, ela escreveu que o país cumpre suas obrigações perante a OTAN relativamente aos gastos com a defesa, enquanto a Alemanha não faz isso.
O chefe da Conferência de Segurança de Munique, Wolfgang Ischinger, também comentou a intenção de reposicionamento de parte das tropas em entrevista ao portal Bild, declarando que isso seria uma violação do ato fundador OTAN-Rússia, que diz que a OTAN assume a obrigação de não instalar forças permanentes nos territórios dos países que aderiram recentemente.
Além disso, o avanço da infraestrutura militar da OTAN para leste se tornou um dos maiores problemas no relacionamento entre a Rússia e OTAN.
Entretanto, um dos deputados da oposição alemã declarou que os EUA devem retirar suas todas as forças do território do país se tencionam realmente deslocar as tropas para a Polônia. Quer dizer, Berlim pode usar o ultimato dos EUA para obter a retirada das forças norte-americanas do seu país.
O deputado também declarou que a retirada dever ser completa: "Se os norte-americanos retirarem seus soldados, eles terão que retirar também suas armas nucleares", disse o deputado Bartsch citado pelo portal Hannoversche Allgemein.
"E, com certeza, eles devem regressar para casa e não para a Polônia, por que isso pode provocar o agravamento das nossas relações com a Rússia, o que não serve os interesses da Europa e da Alemanha", sublinhou o deputado.
Atualmente, a maioria dos militares norte-americanos na Europa está instalada na Alemanha, cerca de 35 mil efetivos no total. O presidente dos EUA criticou reiteradamente as autoridades alemães, se referindo aos acordos de 2014 na cúpula da OTAN no País de Gales, quando os países da OTAN assumiram a obrigação de aumentar as despesas com a defesa para dois por cento do PIB.