A revista Science Daily indica que a Clostridium difficile está em processo evolutivo. Pesquisadores identificaram mudanças genéticas em espécies recém-emergentes que permitem que elas se proliferem em dieta rica em açúcar, invadam desinfetantes hospitalares comuns e se espalhem facilmente.
Para entender como a bactéria está evoluindo, pesquisadores coletaram e cultivaram 906 variedades de Clostridium difficile isoladas de humanos, de animais, tais como, cachorros, porcos e cavalos, e do meio ambiente.
Com a análise do DNA de cada variedade e a comparação de todos os genomas, pesquisadores descobriram que a Clostridium difficile está se separando em duas espécies.
Mudanças nos genes
Vale destacar que a espécie recém-descoberta, Clostridium difficile ramo A, foi encontrada em aproximadamente 70% das amostras de pacientes. Ela apresenta mudanças nos genes que metabolizam açúcar, sendo, assim, mais fácil de ser encontrada em pessoas com dieta rica em açúcar, e nos genes envolvidos na formação de esporos, o que a deixa muito mais resistente a desinfetantes hospitalares.
A bactéria Clostridium difficile pode infectar nosso intestino e é líder na causa de diarreia associada a antibióticos. Quando estamos saudáveis e sem tomar antibióticos, milhões de bactérias "boas" no nosso intestino conseguem controlar a Clostridium difficile.
Assim que começamos a tomar antibióticos, as bactérias "boas" são expulsas do intestino, deixando as portas abertas para infecção da Clostridium difficile.