Dez semanas de confrontos cada vez mais violentos entre a polícia e os manifestantes pró-democracia, irritados com a percepção de erosão das liberdades, mergulharam o centro financeiro asiático em sua pior crise desde que deixou de ser um território britânico em 1997.
Cerca de 30 manifestantes permaneceram no aeroporto na manhã de quarta-feira, enquanto os trabalhadores limparam o sangue e os detritos da noite para o dia. Os balcões de check-in reabriram com filas de centenas de viajantes cansados que esperaram durante a noite por seus voos.
A polícia condenou atos violentos de manifestantes durante a madrugada e disse que um grande grupo "assediou e agrediu um turista e um jornalista". Cinco pessoas foram detidas, disse a polícia, elevando o número de pessoas presas desde o início dos protestos, em junho, para mais de 600 pessoas.
Em Washington, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o governo chinês está transferindo tropas para a fronteira com Hong Kong e pediu calma.
A China condenou alguns manifestantes por usar ferramentas perigosas para atacar a polícia, dizendo que os confrontos mostraram "brotos de terrorismo". Os protestos representam um dos maiores desafios para o presidente chinês, Xi Jinping, desde sua chegada ao poder em 2012.
Os manifestantes dizem que estão lutando contra a erosão do arranjo "um país, dois sistemas" que consagrou certa autonomia a Hong Kong quando retornou à China em 1997.