No entanto, a França respondeu ao pedido propondo que o Conselho discutisse a questão de uma maneira menos formal na próxima semana. Caberá à Polônia, presidente do Conselho em agosto, mediar um horário e formato acordados entre os 15 membros.
A região do Himalaia tem criado tensão entre os paquistaneses e a Índia, dois países que contam com armas nucleares.
Em 5 de agosto, a Índia bloqueou o direito dos estados de Jammu e Caxemira de criarem suas próprias leis e permitiu que não-residentes comprem propriedades na região. Linhas telefônicas, internet e redes de televisão foram bloqueadas e há restrições de movimento.
"O Paquistão não provocará um conflito. Mas a Índia não deve confundir nossa restrição com fraqueza", disse o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, em uma carta ao Conselho de Segurança. "Se a Índia decidir recorrer novamente ao uso da força, o Paquistão será obrigado a responder, em autodefesa, com todas as suas capacidades."
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à Índia e ao Paquistão que se abstenham de qualquer medida que possa afetar o status especial de Jammu e da Caxemira. Guterres também disse estar preocupado com relatos de restrições no lado indiano da Caxemira.
O Conselho de Segurança da ONU adotou várias resoluções em 1948 e na década de 1950 sobre a disputa entre a Índia e o Paquistão pela região, incluindo uma que diz que um plebiscito deveria ser realizado para determinar o futuro da maioria muçulmana da Caxemira.
Soldados da ONU observam desde 1949 o cessar-fogo entre a Índia e Paquistão em Jammu e na Caxemira.