A declaração do comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, Hossein Salami, que estava falando com oficiais em Úrmia, noroeste do Irã, nesta quarta-feira (14), foi citada pela a agência de notícias Fars.
"Eles [EUA e aliados] pretendiam minar a influência regional do Irã, mas todos testemunharam como esta política saiu pela culatra e aumentou a influência iraniana e fez surgir uma frente unida contra o regime sionista", declarou Salami.
"O Hezbollah libanês agora desenvolveu tal extensão de poder pela experiência de confronto contra guerras próximas, sendo agora capaz de limpar o regime sionista do mapa em qualquer guerra possível por si só", alertou Salami, acrescentando que "onde quer que o inimigo esteja, já estaremos lá".
Anteriormente, o comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica afirmou que o grupo libanês tinha 100.000 mísseis apontados para Israel e prontos para disparar em caso de guerra.
Ameaças mútuas
Israel, que classifica o Hezbollah como um "grupo terrorista", e que realizou centenas de ataques contra ele e outras forças aliadas de Damasco que operam na Síria contra Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em muitos outros países), tem repetidamente ameaçado destruir as capacidades de combate do movimento miliciano em caso de uma nova guerra.
No mês passado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu que se o Hezbollah "ousasse fazer algo tolo e atacar Israel, nós esmagaríamos militarmente tanto ele como Líbano".
Mais anteriormente, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, avisou Tel Aviv que Israel estaria "à beira do desaparecimento" em uma nova guerra contra 65.000 milicianos fortes.
A última vez que Israel enfrentou o Hezbollah em solo foi em 2006, com tropas israelenses invadindo o Líbano depois que o grupo de militantes sequestrou dois soldados israelenses. A guerra custou a vida de mais de 1.300 pessoas, e causou bilhões de dólares em danos ao Líbano. O conflito durou 34 dias e veio ao fim com cessar-fogo mediado pelas Nações Unidas.