De acordo com fontes familiarizadas com a situação, as empresas chinesas já importaram esta semana entre 25 e 30 cargas de soja, equivalente a cerca de 1,5 milhão - 2 milhões de toneladas.
Os compradores estão procurando cada vez a soja brasileira, e ainda não compraram o suficiente para suprir as suas necessidades até outubro, informaram as fontes citadas pela Bloomberg, que pediram para não serem identificadas visto que se trata de um negócio privado
A China suspendeu as importações de soja dos EUA quando as tensões entre Pequim e Washington aumentaram, tendo se voltado para a América do Sul.
Por enquanto, o Brasil tem se mostrado capaz de responder à demanda da China, mas seu estoque está acabando e Pequim está em risco de não conseguir atender às suas necessidades.
A isto somam-se os problemas de fornecimento de soja por parte da Argentina, cujos fazendeiros estão retendo a safra de soja para se protegerem contra a desvalorização da moeda nacional, devido às eleições no país sul-americano.
Guerra comercial gera oportunidades para o Brasil
A compra de soja brasileira aumentou desde o ano passado, quando Pequim impôs tarifas retaliatórias de 25% sobre os produtos estadunidenses.
No início de maio, o presidente dos EUA Donald Trump anunciou que planejava introduzir novas tarifas sobre produtos chineses. Como consequência, a partir de 10 de maio, as tarifas americanas sobre uma série de produtos chineses foram elevadas de 10% para 25%, sobre mercadorias no valor de US$ 200 bilhões (R$ 890 bilhões).