Segundo a pesquisa, o Indicador de Clima Econômico (ICE) do Brasil estava em -21 pontos em abril e foi para -23,2 pontos em julho. A pontuação coloca o Brasil na sexta colocação entre 11 países da América Latina no ranking do ICE; o líder da região no levantamento é o Chile, enquanto a lanterna é ocupada pela Venezuela.
O ICE da América Latina também caiu no período, foi de -21,1 em abril para -26,4 em julho.
"A queda do ICE da América Latina foi influenciada pelo cenário internacional, com a volta das tensões associadas à guerra comercial entre a China e os Estados Unidos", afirma o Ibre/FGV em comunicado.
A pesquisadora do IBRE/FGV Lia Valls participou do levantamento e afirma que ele é feito com base em entrevistas com especialistas que acompanham a conjuntura econômica. Em julho de 2019, foram consultados 112 especialistas econômicos em 15 países da América Latina.
Segundo a professora da FGV, a avaliação mais positiva do clima econômico no Brasil pode ser explicada, em parte, pela expectativa positiva que costuma acompanhar novos governos. A política econômica de Jair Bolsonaro (PSL), contudo, ainda não conseguiu se traduzir em melhorias, diz Valls.
"Uma coisa é o anúncio de medidas, outra coisa são medidas concretas que consigam fazer com que a economia melhore seu desempenho e reduza o desemprego", diz a professora da FGV à Sputnik Brasil.