O jornal, citando fontes familiarizadas com o assunto na Casa Branca, observa que Trump "expressou repetidamente, com vários graus de seriedade, o seu interesse em adquirir o território autônomo dinamarquês", devido aos seus "abundantes recursos e importância geopolítica", incluindo a possibilidade de expandir a presença militar dos EUA no Ártico.
O presidente americano, que planeja fazer uma visita à Dinamarca em setembro, supostamente pediu aos seus assistentes que explorassem essa possibilidade.
"O que é que vocês acham disso? Acham que funcionaria?", disse Trump, de acordo com uma fonte do jornal americano.
Alguns de seus assessores, segundo a mídia, acreditam que a compra dessa ilha seria "um bom movimento econômico", enquanto outros a descartam como "um interesse fugaz que nunca se materializará".
A publicação lembra que esta não é a primeira tentativa de Washington de comprar a Groenlândia. Depois da Segunda Guerra Mundial, o presidente americano Harry Truman ofereceu à Dinamarca 100 milhões de dólares em troca da ilha, mas a oferta foi recusada pelo governo dinamarquês em 1946.
De acordo com o WSJ, o Departamento de Estado dos EUA também estudou a opção de comprar a maior ilha do mundo e a Islândia ao Reino da Dinamarca em 1867.
A Groenlândia é uma região autônoma com mais de 2,1 milhões de km² e cerca de 56 mil habitantes que faz parte do território dinamarquês.
Compras anteriores de territórios
Em 1867, os EUA pagaram à Rússia US$ 7,2 milhões pelo Alasca, um território de mais de 1,5 milhão de km².
Os EUA também desembolsaram montantes significativos pela Louisiana (comprada à França), a Flórida (à Espanha), as Índias Ocidentais Dinamarquesas, entre outros territórios.
Atualmente, os EUA têm uma importante base aérea no noroeste da Groenlândia. A base aérea de Thule, também conhecida como aeroporto de Pituffik, que fica a cerca de 1.200 km do Círculo Polar Ártico.