Nesta manhã um homem sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói, atravessando o veículo na pista e fechando o trânsito na via, uma das principais da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Após 3 horas e meia de negociação, o homem foi morto por atiradores de elite. A ação foi comemorada por diversas pessoas que estavam no local e também pelo governador do estado, Wilson Witzel, que chegou ao local aos saltos, abraçando os policiais que estavam no local.
Para Paulo Storani, comentarista de Segurança Pública e ex-instrutor do BOPE, unidade de elite da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o desfecho do sequestro foi adequado.
“A solução para o sequestro foi a mais adequada possível dentro do quadro que se tinha no momento, de acordo com a avaliação do gerente da crise", afirmou Storani em entrevista à Sputnik Brasil.
Segundo o portal de notícias G1, havia 37 pessoas dentro do ônibus no momento do sequestro. Durante as negociações, seis pessoas foram liberadas pelo sequestrador.
Para o ex-instrutor do BOPE, não havia opções restantes diante da situação que se construiu.
"Após muitas horas de sequestro, com muitos reféns em poder do sequestrador e com este se recusando a se entregar aos policiais, conforme chegou a prometer, segundo relato de jornalistas que cobriam o fato, o gerente da crise decidiu determinar ao sniper que abatesse o elemento porque mais nada havia a fazer", disse Storani.
O comentarista de segurança pública, que é também antropólogo, reitera que acredita que a ação foi a melhor possível e os policiais agiram de forma correta.
"Desta forma, todos os policiais envolvidos na operação agiram de forma correta e dentro daquilo que a situação permitia fazer: escolher o momento certo de atirar no sequestrador, tendo o máximo cuidado para não acertar vítimas inocentes que já sofriam há várias horas em poder do criminoso”, concluiu.