"Temos cidades em Rondônia cobertas pela fumaça das queimadas. Não tenho dúvida nenhuma que essas ações estão conectadas com uma política do Estado brasileiro de abrir caminho para o capital nessas áreas de proteção ambiental", diz Santos à Sputnik Brasil.
Na última sexta-feira, um voo da LATAM vindo de Brasília teve que mudar seu destino porque a fumaça de queimadas impediu seu pouso na capital de Rondônia, Porto Velho. A aeronave pousou em Manaus, Amazonas.
Por conta das queimadas e da falta de chuva, o Acre decretou estado de alerta ambiental nesta segunda-feira (19).
Levantamento do Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia (IPAM) com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que o Brasil vive a maior onda de queimadas dos últimos cinco anos. Foram 71.497 focos de incêndio entre os dias 1 de janeiro e 18 de agosto deste ano, número 82% maior do que o registrado no mesmo período de 2018.
Ainda de acordo com o IPAM, há um "forte indicativo do caráter intencional dos incêndios: limpeza de áreas recém-desmatadas".
A tese da pesquisa é confirmada por Santos. Segundo o membro do MST, os madeireiros usam as chamas para esconder práticas ilegais como a grilagem e a extração ilegal de madeira. Ele também afirma que um incêndio criminoso foi realizado para acuar o Assentamento Margarida Alves, em Nova União.
"A fumaça generalizou na região", afirma.
E a Amazônia?
— Sarah Chrystina (@sarah_tibau) 20 de agosto de 2019
Que tristeza meu pai😣 pic.twitter.com/7SufhqKt7g