Análises de DNA dos esqueletos humanos mostram que esses fósseis eram de pessoas de diferentes origens, sendo algumas delas do Mediterrâneo.
Isso significa que os 72 fósseis estudados pertenciam a grupos geneticamente distintos que faleceram em momentos diferentes em ao menos dois episódios, segundo estudo publicado pela revista Nature Communications.
O lago está localizado a mais de cinco mil metros de altitude nas montanhas dos Himalaias e sempre gerou um grande mistério no mundo científico devido aos diversos esqueletos encontrados em suas margens.
"O lago Roopkund há muito tempo é alvo de especulações sobre a origem dessas pessoas, o que as levou ao lago e como morreram", afirmou Niraj Rai, um dos autores do estudo, do Instituto Birbal Sahri de Paleocênicas, na Índia.
O mistério se tornou ainda maior após as análises de DNA, já que os fósseis seriam de ao menos três grupos genéticos distintos.
"Nós estamos extremamente surpresos com a genética dos esqueletos do Roopkund", afirmou Éadaoin Harney, da Universidade de Harvard.
"A história do Lago Roopkund é mais complexa do que pensávamos. Levanta-se a questão impressionante de como migrantes do Mediterrâneo oriental, que têm um perfil de ancestralidade extremamente atípico na região, morreram neste local há algumas centenas de anos", enfatizou David Reich, da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos EUA.
A afirmação seria baseada no fato de que a presença de pessoas com ancestrais no Mediterrâneo indica que o lago não tinha somente um interesse local, mas também atraía visitantes de diversas regiões do mundo, como sugerem os especialistas.
Desta maneira, o mistério em torno do lago além de continuar, ficou ainda maior.