Nesta quinta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou sua preocupação com os incêndios na Amazônia, classificando a tragédia de "crise internacional". Em sua conta no Twitter, a autoridade de Paris prometeu levar o assunto à cúpula do G7, que será realizada neste fim de semana.
A declaração do francês repercutiu na rede e dividiu a internet brasileira. Parte dos usuários criticou Macron por interferir nos assuntos internos do país. Muitos, no entanto, agradeceram a preocupação, na esperança de que Brasília reaja mais rápido em caso de pressão externa.
O presidente Jair Bolsonaro ficou com o primeiro grupo e não gostou dos comentários do líder europeu. Para ele, Macron "instrumentalizou" tema para lucrar politicamente e, além disso, apresentou uma "mentalidade colonialista".
- O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 22, 2019
Mais cedo, em uma transmissão ao vivo no Facebook, Bolsonaro também criticou "alguns países" por aproveitar a situação e criticar o Brasil.
"Um país teve a desfaçatez de falar 'a nossa Amazônia'. Estão interessados em ter um dia um espaço da nossa Amazônia para eles", reclamou o político.
"Alguns países aproveitam o momento para potencializar as críticas contra o Brasil. Para prejudicar nosso agronegócio e economia. E recalcar o Brasil a uma posição subalterna", concluiu.