De acordo com Aleksandr Sherin, primeiro-vice-presidente do Comitê da Duma de Estado para a Defesa, isso seria uma resposta dura, mas eficaz.
"EUA e os líderes deste país ao longo de toda a sua história, infelizmente, demonstraram apenas que a linguagem da comunicação sensata e adequada, dos acordos, não funciona com eles. Infelizmente, os EUA só entendem a força bruta e grosseira. Basicamente, eles só entendem aquilo que eles mesmos utilizam. A implantação dos nossos sistemas na Venezuela, por exemplo, [é possível] como opção, isso poderá ser denominado como uma segunda Crise do Caribe, mas foi precisamente a Crise do Caribe que arrefeceu o ímpeto dos Estados Unidos por muito tempo", disse Sherin.
"Se esta opção, Deus nos livre, tiver que ser considerada e colocada em prática, isso seria uma opção muito dura, mas muito eficaz", ressaltou o parlamentar.
Entretanto, de acordo com ele, Moscou irá obter o consentimento de Caracas para esta solicitação e a liderança da Venezuela manifesta sua total solidariedade para com as ações da Rússia.
"Temos um chamado parceiro comum, não o vou apelidar de inimigo", disse o deputado.
"A implantação de sistemas de defesa antiaérea S-400, por exemplo, ou sistema de mísseis terrestres Bastion ou Iskander no território [da Venezuela] seria multiplicar por zero todos os esforços realizados durante décadas e o investimento de bilhões de dólares na criação de sistemas de defesa contra mísseis, no sistema de vassalos e na OTAN", afirmou Aleksandr Sherin.
Hoje, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, convocou uma reunião urgente com o Conselho de Segurança em meio aos últimos testes de mísseis dos EUA.