À beira do abismo: saída de empresas dos EUA do mercado chinês será suicídio, diz colunista

© AP Photo / STRProdução de carros da empresa americana General Motors na província chinesa de Wuhan
Produção de carros da empresa americana General Motors na província chinesa de Wuhan - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou às empresas do país para que comecem a procurar uma alternativa à sua produção na China.

Colunista do jornal chinês Global Times, Hu Weijia, explica quais seriam as consequências para essas companhias, se elas derem ouvidos a Trump, usando o caso da multinacional de produção de automóveis General Motors.

Neste momento a China representa o maior mercado para a General Motors, sendo ao mesmo tempo o fabricante de automóveis estrangeiro que mais vende no país asiático. A empresa estadunidense vendeu na China 3,65 milhões de automóveis em 2018, este número é superior ao correspondente do mercado dos EUA, onde a General Motors conseguiu vender três milhões de veículos.

"Algumas estatísticas têm demonstrado que o mercado automóvel chinês é maior que o dos EUA e Japão juntos", assegura Hu Weijia, que também adverte que a multinacional está vendendo pouco no mercado doméstico estadunidense. "O fabricante irá sofrer um golpe mortal se perder o mercado chinês", acrescenta o colunista.

© AP Photo / EUGENE HOSHIKOUma fábrica de montagem da General Motors na China
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Uma fábrica de montagem da General Motors na China

Desta maneira, se a General Motors perder dinheiro, toda a indústria automotiva será afetada, haverá despedimentos em massa, avisa.

Em qualquer caso, destaca ele, mesmo se a General Motors deslocalizasse sua produção e abandonasse a China, isso não afetaria negativamente as vendas de automóveis no país, porque chegariam outras marcas.

"Na China, a indústria automotiva é um mercado totalmente competitivo. Se a General Motors sair da China, as marcas chinesas e os fabricantes de automóveis que não são americanos preencheriam o vazio que ela deixasse nas vendas". 

De qualquer forma, as probabilidades que a General Motors dê ouvidos a Trump são poucas. A empresa necessita que sua produção esteja perto dos seus clientes para "sobreviver em um mercado ferozmente competitivo". Sendo assim, para continuar a lutar na China ela deverá continuar a produzir na China.

As empresas que decidam dar ouvidos ao presidente estadunidense e abandonar o mercado chinês enfrentarão o abismo. "É um suicídio", alerta Hu.

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