Tempestades em Júpiter afetam seus cinturões gasosos (FOTOS)

© NASA . NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSSImagem detalhada de Júpiter tirada pela sonda Juno da NASA
Imagem detalhada de Júpiter tirada pela sonda Juno da NASA - Sputnik Brasil
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Novas fotos fornecem uma visão única de 50 quilômetros abaixo da camada de nuvens visíveis do planeta.

Pela primeira vez, os cientistas foram capazes de observar profundamente as condições atmosféricas debaixo das nuvens de Júpiter.

As fotos revelaram que as tempestades estão afetando as zonas brancas, o fluxo gasoso dos cinturões do planeta e inclusive, fazendo mudar sua cor, segundo o Observatório Nacional de Radioastronomia (NRAO, na sigla em inglês).

© Foto / ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), I. de Pater et al.; NRAO/AUI NSF, S. DagnelloImagem de Júpiter captada pelo ALMA.
Imagem de Júpiter captada pelo ALMA - Sputnik Brasil
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Imagem de Júpiter captada pelo ALMA.
© Foto / ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), I. de Pater et al.; NRAO/AUI NSF, S. Dagnello; NASA/HubbleMapa plano de Júpiter em ondas de rádio com o ALMA (acima) e luz visível com o Telescópio Espacial Hubble (abaixo). A erupção no Cinturão Equatorial Sul é visível em ambas as imagens.
Mapa plano de Júpiter em ondas de rádio com o ALMA (acima) e luz visível com o Telescópio Espacial Hubble (abaixo). A erupção no Cinturão Equatorial Sul é visível em ambas as imagens - Sputnik Brasil
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Mapa plano de Júpiter em ondas de rádio com o ALMA (acima) e luz visível com o Telescópio Espacial Hubble (abaixo). A erupção no Cinturão Equatorial Sul é visível em ambas as imagens.
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Mapa plano de Júpiter em ondas de rádio com o ALMA (acima) e luz visível com o Telescópio Espacial Hubble (abaixo). A erupção no Cinturão Equatorial Sul é visível em ambas as imagens.

As novas fotos dão uma visão única de 50 quilômetros abaixo da camada de nuvens de Júpiter e foram obtidas pelo radiotelescópio ALMA, localizado no Atacama.

Depois de uma erupção energética no planeta, os astrônomos puderam elaborar um "mapa tridimensional da distribuição de gás amoníaco debaixo das nuvens", explicou Imke de Pater, da Universidade da Califórnia.

O fenômeno é comparado às tempestades elétricas da Terra e também podem ser observados relâmpagos. As tempestades possuem o aspecto de pequenas nuvens brilhantes provocadas por jatos que afetam os cinturões e podem ser visíveis durante meses ou até mesmo anos.

"Nossas observações com o ALMA foram as primeiras a mostrar que são produzidas alta concentrações de gás de amoníaco durante estas erupções", afirmou Pater.

"A combinação das observações realizadas simultaneamente em diversos comprimentos de onda nos permitiu estudar a erupção detalhadamente", concluiu.

As mudanças são provocadas por correntes de convecção de umidade nas nuvens de água localizadas nas camadas inferiores da atmosfera do planeta.

Essas nuvens empurram o gás amoníaco a uma grande altitude até à região mais fria, onde são criadas plumas brancas, visíveis à medida que congelam.

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