O Departamento do Estado dos EUA acusou a China de interferir nas atividades do Vietnã ao enviar um navio para prospeção de petróleo e gás no mar do Sul da China, além de realizar "esforços contínuos para violar a ordem internacional baseada nas regras" na região do Indo-Pacífico.
Um comunicado do Pentágono reitera que as ações chinesas contradizem a visão das autoridades norte-americanas da região como uma zona "livre e aberta", na qual "todas as nações, grandes e pequenas, estão seguras em sua soberania, livres de coerção e capazes de alcançar o crescimento econômico, conforme as regras e normas internacionais aceitas".
"A China não ganhará a confiança de seus vizinhos e o respeito da comunidade internacional mantendo suas táticas de 'intimidação', cita Washington, ressaltando que os EUA continuarão apoiando os esforços de seus aliados para 'garantir a liberdade de navegação e oportunidade econômica' na região".
Na última semana, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Morgan Ortagus, declarou que a ação da China representa uma "escalada por parte de Pequim em seus esforços para intimidar outros reclamantes no mar do Sul da China".
Já o Ministério das Relações Exteriores da China indicou que Washington estava "tentando dividir a região".
"O objetivo [dos EUA] é trazer o caos a esta situação e perturbar a paz regional e a estabilidade. A China se opõe totalmente a isso", reiterou o porta-voz da chancelaria chinesa, Geng Shuang, citado pela Reuters.
Há décadas que Pequim disputa a soberania de diversas ilhas localizadas no mar do Sul da China com outros países da região, dentre eles o Vietnã, Brunei, Malásia e Filipinas.
Pequim está construindo ilhas artificiais e desenvolvendo infraestrutura militar nos arquipélagos de Spratly e Paracelso para consolidar seu domínio sobre eles, enquanto isso, os norte-americanos seguem temendo a crescente influência da China na região.