A declaração do chanceler brasileiro foi publicada nesta quarta-feira (28), creditada à agência Reuters.
Araújo também disse, conforme citado pela agência, que o mundo tem uma visão distorcida das políticas ambientais praticadas pelo governo brasileiro. O mesmo, continuou, se aplica à visão sobre o combate aos incêndios na Amazônia. O chanceler afirmou ainda que os incêndios estão sendo combatidos como nunca foram antes.
Nas últimas 3 semanas, a Amazônia testemunha incêndios florestais que se espalham pelos países da região. A crise ambiental gerou protestos dentro e fora do país conforme tornou-se foco da atenção mundial.
No último final de semana, a reunião do G7 teve a crise amazônica como um de seus temas. O grupos decidiu oferecer ao Brasil ajuda financeira para o combate aos incêndios. No entanto, a troca de farpas entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o presidente francês, Emmanuel Macron, foi usada pelo Brasil para justificar a recusa.
Bolsonaro acusa Macron de interferência indevida nos assuntos brasileiros e chegou a insultar a esposa do francês. Macron respondeu ao insulto afirmando que espera que o Brasil tenha em breve "um presidente à altura do cargo". Após esse novo imbróglio, o governo brasileiro condicionou o aceite da ajuda do G7 a um pedido de desculpas do presidente francês.
A área afetada pelos incêndios na Amazônia este ano já é 82% maior do que em 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), cujo diretor, Ricardo Galvão, foi exonerado por Bolsonaro no mês passado após divulgação de dados sobre desmatamento.
O governo brasileiro autorizou o uso das Forças Armadas no combate aos incêndios.