A agência espacial norte-americana detectou a aproximação da Terra de dois asteroides de tamanho grande. O diretor-geral do Centro de Proteção Planetária russo, Anatoly Zaitsev, em uma entrevista ao serviço russo da rádio Sputnik analisa as chances de que os asteroides possam ser perigosos para a Terra.
"Existe o conceito de ‘tubo de trajetórias’, isso é, há uma variedade de possíveis trajetórias de voo dos asteroides. Neste caso, a variedade tem uma dimensão mínima em comparação com a distância pela qual passam tais asteroides. Se eles passassem a uma distância de 4.000 quilômetros, então seria possível falar sobre haver perigo para a Terra", contou o especialista.
Ambos os asteroides irão passar o mais perto da Terra no dia 14 de setembro. A única chance de eles poderem ser perigosos para a Terra será se acontecer um "bilhar cósmico", mas a probabilidade disso é extremamente baixa.
"Há uma probabilidade mínima de que o asteroide passe ao lado da Terra, mas antes da aproximação colida com outro asteroide. Isso mudaria um pouco a trajetória e ele poderia se dirigir para a Terra", explica o cientista.
No entanto, desta vez a probabilidade desse "bilhar cósmico" é mínima.
Asteroides perto da Terra
Mais cedo em agosto, a NASA detectou a aproximação da Terra de dois asteroides. O primeiro, denominado 2000 QW7, passará a uma distância de cerca de 6 milhões de quilômetros do nosso planeta. O seu diâmetro pode alcançar 650 metros.
O segundo objeto, chamado 2010CO1, é muito menor em diâmetro, menos de 260 metros, e passará a uma distância de mais de 14 milhões de quilômetros da Terra.
Assim, eles não representam perigo para os habitantes da Terra desta vez.