A medida de coação foi alterada, devendo o jornalista ficar em liberdade, mas se apresentar ao tribunal ou aos investigadores sempre que solicitado.
Jornalista saiu do tribunal após decisão de liberação, e declarou que a decisão do tribunal foi justa.
"Eu já tinha salientado que estou pronto para comparecer à audiência judicial, participar do processo de julgamento, sem adiamentos e sem evitar as audiências processuais. Estou pronto para me apresentar no tribunal assim que for chamado e participar do processo", disse Vyshinsky durante a sessão.
Por sua parte, o procurador declarou que não se opõe à alteração da medida de coação, e considera que a obrigação de se apresentar será o suficiente para garantir a investigação do caso de maneira adequada.
Reações à libertação de Vyshinsky
A liberação de Kirill Vyshinsky é o primeiro passo para alcançar justiça em relação ao jornalista, disse Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
A editora-chefe da agência de notícias Sputnik e do canal RT, Margarita Simonyan, saudou a decisão do Tribunal de Apelação de Kiev de liberar o chefe do portal RIA Novosti Ucrânia.
Anteriormente, o advogado do jornalista havia apresentado um pedido, através da chancelaria do tribunal, para libertar Vyshinsky sob curadoria pessoal do advogado. Além disso, outros advogados de defesa pediram que o tribunal aplicasse qualquer medida de coação exceto a detenção.
A detenção de Vyshinsky provocou críticas de diferentes grupos de defesa dos direitos dos jornalistas, que afirmam que esse tipo de detenção é inaceitável em uma sociedade democrática.
O chefe do portal RIA Novosti Ucrânia foi detido em Kiev no dia 15 de maio de 2018, acusado de apoiar as autoproclamadas República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk e de traição.