A Cidade do Cabo tem como uma das suas atividades econômicas o ecoturismo e a filmagem de documentários. Uma das bases de sustentação dessas atividades é a rica presença de grandes tubarões-brancos no local.
No período entre 2010 e 2016, uma média de 205 tubarões desta espécie eram avistados por ano. No ano passado, somente 50 grandes tubarões-brancos foram avistados, enquanto que neste ano não foi visto nenhum. Além disso, nenhuma das carcaças de baleia encontradas no litoral do local tinha marcas de mordidas de tubarão, o que apoia a versão de que os tubarões simplesmente saíram da região.
A razão do sumiço dos tubarões é ainda incerta. No entanto, membros do Programa de Observação de Tubarões (SSP, sigla em inglês) acreditam que mudanças no ecossistema tenham ocasionado o desaparecimento destes bichos.
"Até onde sabemos, nunca o desaparecimento destes animais tinha sido registrado na região de False Bay", citou o site News24 uma declaração do governo da cidade.
Apesar do sumiço do grande tubarão-branco, o tubarão-albafar foi visto por sete vezes por operadores de turismo. Isso poderia significar mudanças no ecossistema do local.
Embora o sumiço do referido animal seja uma anomalia, empresas ligadas ao ecoturismo pretendem manter suas excursões no local, com exceção de poucas localidades. Espera-se que em junho de 2020 se faça uma revisão do perfil das excursões para que estas ocorram conforme o incerto retorno dos grandes tubarões-brancos à região.
Ainda não se pode determinar se a saída dos animais do litoral da Cidade do Cabo é de todo ruim ou se ela será revertida. De qualquer forma, os moradores e visitantes do local devem ficar atentos, tendo em vista que o grande tubarão-branco pode atacar o ser humano.