Durante a conversa, os dois devem tratar da doação de recursos internacionais para o combate às queimadas e preservação das florestas da Amazônia.
Durante a declaração, Bolsonaro disse que conversa com qualquer um, menos com o presidente da França, Emmanuel Macron.
“Ela começou com um tom, depois foi para a normalidade. Eu estou pronto a conversar com qualquer um, exceto o nosso querido Macron, a não ser que ele se retrate sobre a nossa soberania na Amazônia”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, nesta manhã.
Em reunião segunda-feira (26), em Biarritz, na França, os líderes do G7 concordaram em liberar recursos para ajudar a conter as queimadas, sendo a maior parte do dinheiro para o envio de aeronaves de combate a incêndios.
Bolsonaro ainda não confirmou se vai aceitar a ajuda do G7 e na quinta-feira (29) classificou como "esmola" o valor oferecido.
"Tivemos um encontro na terça-feira com os governadores da região amazônica. E ali, só um falou em dinheiro, aquela esmola oferecida pelo Macron. O Brasil vale muito mais que vinte milhões de dólares", disse Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo em seu Facebook.
A Alemanha, junto com a Noruega, é o maior doador de recursos para Fundo Amazônia, programa de cooperação internacional para a preservação ambiental na região. No início do mês, os dois países suspenderam os repasses após a divulgação das taxas de desmatamento na Amazônia Legal.
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), um dos sistemas mais usados para monitorar o desmatamento da Amazônia, relatou que nos últimos 12 meses houve um aumento de 15% da área desmatada em relação ao período anterior.
Os dados foram divulgados na semana passada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que é responsável pelo SAD, e avaliou o desmatamento no período entre agosto de 2018 e julho de 2019.