No dia 13 deste mês, o ministro das Comunicações e Tecnologias de Informação do Irã, Mohammad Javad Azari Jahromi, disse que seu país se preparava para lançar o satélite de telecomunicações Nahid-1.
"É um satélite de telecomunicação de fabricação nacional e pode permanecer no espaço durante 2,5 meses a 250 km da Terra", publicou a fala do ministro a agência iraniana Mehr.
Ontem, (29), um foguete teria explodido no Centro Espacial Imã Khomeini no Irã. O foguete estaria carregando um satélite. A explosão foi aparentemente provocada por uma falha técnica durante o lançamento, informou a Reuters citando uma fonte iraniana que não quis se identificar.
Além da fonte iraniana, a agência informou que uma fonte dos Estados Unidos confirmou o incidente.
Pressão dos EUA
Os lançamentos de foguetes e mísseis pelo Irã são mal vistos pelos Estados Unidos e alguns de seus aliados. Washington acusa o país de desenvolver foguetes que podem ser usados como mísseis para armas nucleares. Por sua vez, Teerã nega as acusações.
Além do programa de mísseis, o país tem vindo a desenvolver tecnologias nucleares, o que fomenta ainda mais as acusações de Washington.
Para solucionar a tensão entre Washington e Teerã, em 2015 os dois países, junto com alguns Estados europeus mais a China e a Rússia, assinaram um acordo nuclear que definia regras para o enriquecimento de urânio pelo Irã. No entanto, em 2018 os Estados Unidos saíram do acordo, alegando que o Irã possuía intenções de produzir armas nucleares. Além disso, Washington reintroduziu as anteriores sanções contra o país.