"Sim, estivemos debaixo de fogo. Ouvimos uma explosão a 20-30 metros de nós, e depois eles começaram a usar armas ligeiras. Fomos forçados a deixar o local, não houve vítimas", comunicou Gayuk à Sputnik.
Anteriormente, um representante da República Popular de Donetsk (RPD) no Centro Conjunto de Controle e Coordenação do Regime de Cessar-Fogo (JCCC) disse a repórteres que, neste domingo ocorreram violações do cessar-fogo por parte dos militares ucranianos na aldeia de Kominternovo, no sul da RPD, e que observadores da Missão Especial de Observação da OSCE e representantes da República estiveram sob fogo.
"Hoje, às 12h15 [6h15 no horário de Brasília], um grupo operacional da representação da RPD no Centro de Monitoramento e Coordenação do Regime de Cessar-Fogo e observadores da missão da OSCE estiveram sob fogo de lança-granadas e de armas ligeiras por parte das forças militares da Ucrânia", disse o representante.
O grupo chegou a Kominternovo para registrar as consequências do bombardeio de sábado (31), segundo o jornal Izvestia.
É de notar que as forças militares ucranianas abriram fogo "apesar da trégua acordada pelas partes e das garantias de segurança anteriormente dadas pelo lado ucraniano ao JCCC".
Violação do cessar-fogo
O conflito armado na região de Donbass começou em 2014 após o golpe de Estado na Ucrânia nesse mesmo ano. Os residentes destes territórios manifestaram-se contra o novo governo e declararam a sua independência, unindo-se mais tarde nas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk.
Desde 21 de julho, está em vigor um cessar-fogo nesta área, mas as partes acusam-se constantemente de violar o acordo.