Em dois de agosto, os Estados Unidos e a Rússia encerraram formalmente o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, mais conhecido como Tratado INF. O tratado, assinado entre os Estados Unidos e a União Soviética, restringia o desenvolvimento, produção e implantação de mísseis terrestres que tivessem alcance entre 500 e 5.500 quilômetros .
Após o fim do tratado, o medo de uma nova corrida armamentista surgiu no horizonte. Tal receio foi reforçado quando o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, declarou que, após o fim do tratado, buscaria de maneira imediata um local na Ásia para a instalação de mísseis de médio alcance.
Esper também ressaltou a necessidade de conversar com os aliados de Washington na região do Pacífico.
No entanto, rechaçando qualquer possível pedido dos Estados Unidos, o embaixador da Austrália na Rússia, Graeme Meehan, disse à Sputnik que seu país não irá abrigar mísseis americanos.
"Tanto nosso ministro da Defesa quanto nosso primeiro-ministro, Scott Morrison, disseram que não vamos abrigar [esses mísseis]. É óbvio que não posso prever o que um novo governo fará daqui a uns cinco ou dez anos. Porém, o atual primeiro-ministro disse que não aceitaremos. Isso é uma resposta clara e determinada", disse o embaixador à Sputnik.
Tensões
Os Estados Unidos culparam a Rússia de não observar o Tratado INF. No entanto, Washington testou um míssil banido pelo acordo no último dia 19, duas semanas após o fim oficial do Tratado, o que significa que o seu desenvolvimento e produção ocorreram quando o tratado ainda estava em vigor.
Além disso, o secretário do Exército dos Estados Unidos, Ryan D. McCarthy, disse que seu país busca desenvolver mísseis hipersônicos com ogivas balísticas.