De acordo com o Marine Traffic, o sistema de identificação automática do navio não está mostrando seu destino após sua tripulação ter listado previamente que passaram por portos na Grécia e na Turquia.
Anteriormente, o mesmo site relatou que o navio-tanque estava navegando em direção à cidade turca de Iskenderun. Porém, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu afirmou que o navio estava a caminho do Líbano, fato que foi negado pelas autoridades libanesas.
Outro site de rastreamento de navios, Tanker Trackers, afirmou que o Adrian Darya 1 estava fora da costa síria no domingo (1º), tweetando que possivelmente o navio passaria por águas da Síria "para ser descarregado e para regressar ao Irã através do canal de Suez".
A declaração no Twitter seguiu a afirmação do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, comentando que o petroleiro iraniano estava indo para Tartus, na Síria.
Apreensão da embarcação
O petroleiro Adrian Darya 1, anteriormente conhecido como Grace 1, foi liberado pelas autoridades de Gibraltar em meados de agosto, após um mês de detenção por suspeita de entrega de petróleo à Síria, em violação das sanções da União Europeia.
Pouco depois da soltura, os EUA emitiram um mandado de captura para prender novamente o petroleiro por alegadamente efetuar carregamentos ilegais de petróleo para a Síria.
No dia 30 de agosto, o Departamento do Tesouro dos EUA incluiu o petroleiro na lista de sanções por supostamente transportar mais de dois milhões de barris de petróleo, o que beneficiaria as forças de segurança do Irã.
A série de acontecimentos ocorre em meio a uma escalada crescente de tensões entre Washington e Teerã, que têm estado em conflito desde maio de 2018, quando os EUA se retiraram unilateralmente do acordo nuclear de 2015 com o Irã e restabeleceram todas as sanções contra o país do Oriente Médio.