"De todos os países que conheci, eu considero o Paquistão o mais perigoso", escreveu Mattis em seu último livro "Call Sign Chaos: Learning to Lead", lançado na terça-feira (3).
O ex-diretor do Pentágono explicou ao Conselho de Relações Exteriores de Nova York sua posição sobre "radicalização da sociedade", acrescentando que a sua opinião era compartilhada também pelos "militares paquistaneses".
"Quando você pega a radicalização da sociedade e adiciona a ela o arsenal nuclear que mais cresce, penso eu que, no mundo, você entende por que um dos pontos que eu diria que precisamos focar agora é o controle de armas e os esforços para não proliferação", apontou.
Relações distorcidas
A relação entre o Paquistão e os EUA é "muito distorcida", ressaltou, em referência à recente visita à Casa Branca do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan.
Mattis, que coordenou o Pentágono desde que a administração Trump começou a trabalhar em janeiro de 2017, renunciou em 31 de dezembro de 2018.
A demissão do secretário de Defesa dos EUA desencadeou a decisão do presidente americano Donald Trump no final de 2018 de retirar as tropas americanas da Síria. Em sua renúncia, Mattis apontou uma série de discordâncias com o líder norte-americano.