Segundo o comandante da Marinha da Dinamarca, esta aquisição vai colocar o seu país em "outra liga".
A nova tecnologia é composta por 9 sonares, que irão equipar os novos helicópteros militares Seahawk. Os sonares podem também ser submergidos no mar para dar uma visão pormenorizada da situação abaixo da superfície.
Além dos sonares, a capacidade militar antissubmarino da Dinamarca será também reforçada por 600 sonares boias que serão colocados em uma área vasta do oceano.
"Isto faz parte do que a OTAN nos pediu que melhorássemos. Portanto, não há dúvida de que estaremos noutra liga depois de isto ser implementado", disse o almirante Torben Mikkelsen, comandante da Marinha dinamarquesa, à rádio nacional.
Segundo Mikkelsen, os sonares vão aumentar o papel da Dinamarca nos esforços da OTAN de monitorização das operações realizadas por submarinos russos no mar Báltico, em volta da Groenlândia e das Ilhas Faroe, e também no Ártico.
Anders Puck Nielsen, analista militar da Academia da Defesa da Dinamarca, disse que os novos sonares são um reforço significativo para a Defesa dinamarquesa. Segundo ele, a questão é saber se a Dinamarca é capaz de se juntar às operações dos EUA, do Reino Unido e da França, na vasta área entre a Groenlândia, a Islândia e o Reino Unido.
O ministro da Defesa, o social-democrata Trine Bramsen, saudou a aquisição, explicando que isso reforçaria as capacidades militares da Dinamarca no Atlântico Norte.
Dinamarca e OTAN
No fim de agosto, a Dinamarca decidiu reposicionar quatro caças F-16 para "ajudar a manter a soberania aeroespacial" na região do Báltico, algo que o ministro das Relações Exteriores, Jeppe Kofod, chamou de "sinal claro de solidariedade da OTAN".
Quatro F-16 dinamarqueses e uma tripulação de cerca de 60 homens serão enviados para o Báltico durante três meses, no âmbito da missão de patrulhamento aéreo da OTAN no Báltico. Os países bálticos não podem patrulhar o seu próprio espaço aéreo porque não possuem aviões de combate.
Recentemente, os EUA acusaram a Dinamarca de não alocar suficientes meios financeiros para a defesa. Segundo o embaixador estadunidense no país, apesar de a Dinamarca ter decidido aumentar seu orçamento militar para 1,5% do PIB até 2023, isso está longe do acordo da OTAN de 2014, que estabeleceu o nível de 2% do PIB.