"Devido aos graves incêndios na parte brasileira da floresta amazônica e às conexões com a produção de gado, decidimos proibir temporariamente o couro do Brasil", anunciou a empresa em um comunicado, segundo publicou a agência Reuters.
Ainda de acordo com o grupo sueco, "a proibição permanecerá ativa até que existam sistemas de garantia críveis para verificar se o couro não contribui para danos ambientais na Amazônia".
Um porta-voz da empresa explicou que a maior parte do couro utilizado pela H&M é proveniente da Europa, enquanto uma menor parte é importada do Brasil.
No final do mês passado, a VF Corp, proprietária das marcas Vans, Timberland e Eastpak, anunciou que também deixaria de comprar o couro brasileiro temporariamente pelas mesmas razões. Além disso, a Comissão Europeia afirmou que a ratificação do acordo econômico entre o Mercosul e a União Europeia depende de ações para controlar o fogo na floresta.
Desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicou um aumento de 82% (71.497) nos focos de incêndio na Amazônia entre 1° de janeiro até 18 de agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado, o Brasil e o governo de Jair Bolsonaro sofrem intensa pressão internacional. O governo, no entanto, alega que há interesse em prejudicar o país e atacar a soberania brasileira sobre a região.