'Maior erro' de Einstein está prestes a ser solucionado

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A constante cosmológica de Albert Einstein tem causado grande dor de cabeça aos físicos durante mais de um século.

A constante cosmológica é a única coisa que une o mundo da mecânica quântica com a teoria da relatividade geral e, até agora, os físicos têm discordado do seu valor.

Um novo método para avaliar as equações de Albert Einstein foi apresentado pelo professor assistente da Universidade de Genebra, na Suíça, Lucas Lombriser, que conseguiu calcular o valor da constante cosmológica. O resultado que obteve coincide com as observações anteriores.

"Utilizando o novo parâmetro ΩΛ, que reflete a parte do universo feita de matéria escura, o professor concluiu que a energia escura constitui aproximadamente 74% do universo. Este número equivale ao valor de 68,5% calculado em outras observações", informa o portal Live Science.

Lombriser realizou os cálculos após adicionar uma equação adicional às equações de campo de Einstein e centrar sua atenção na constante gravitacional, utilizada pela primeira vez na lei da gravitação universal de Isaac Newton.

CC0 / aguayo_samuel / Fórmulas de física
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Fórmulas de física

A constante gravitacional, que forma parte das equações do campo de Einstein, descreve a magnitude da força gravitacional que há entre objetos e foi considerada uma das constantes fundamentais da física. Mesmo sendo anteriormente considerada como inalterável desde o início do universo, Lombriser fez uma suposição dramática de que ela poderia ser alterada.

"Lombriser chegou à conclusão através de uma equação adicional, que vinculou a constante cosmológica com a média total que há no espaço-tempo. Após calcular a massa de todas as galáxias, estrelas e matéria escura do universo, o professor resolveu aquela equação para obter um novo valor da constante cosmológica", informa a mídia.

Um século de discordâncias

A história da constante cosmológica teve início há um século, quando Albert Einstein apresentou seu conjunto de equações, conhecidas como equações de campo de Einstein.

Estas equações explicam como a matéria e a energia deformam o tecido do espaço e do tempo para criar uma força gravitacional. Anteriormente, Einstein e os astrônomos de sua época concordaram com a ideia de que o tamanho do universo e o espaço entre galáxias eram inalteráveis.

"Para obrigar o universo a ser estático, Einstein observou a constante cosmológica (...) A história da física mostra que, posteriormente, Einstein confessou que introduzir esta constante foi seu maior erro", recorda a revista.

Uma década depois, outro físico, Edwin Hubble, descobriu que nosso universo não é estático, mas que está sempre em expansão. Esta revelação levou Einstein a retirar a constante cosmológica de suas equações de campo, já que não era necessária.

CC BY-SA 2.0 / John Smith / UniversoUniverso (imagem referencial)
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Universo (imagem referencial)

Em 1998, as observações das supernovas distantes revelaram que o universo não apenas havia crescido como também havia acelerado a velocidade de sua expansão. As galáxias estavam se afastando umas das outras e os físicos batizaram o enigmático fenômeno de "energia escura".

Os pesquisadores então voltaram a introduzir a constante cosmológica nas equações de campo de Einstein para explicar a necessidade da energia escura. Eles inclusive estimaram seu valor com base nas observações das supernovas distantes e nas flutuações da radiação de fundo de micro-ondas.

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