No último sábado, (7), o Irã havia declarado que seu país utilizaria novas centrífugas de enriquecimento de urânio. Os equipamentos dariam ao país a capacidade de enriquecer urânio acima de 20%.
Antes do estabelecimento do acordo nuclear, o Irã já enriquecia urânio a 20%. Com o acordo, o país reduziu esta cifra para 3,67%.
Centrífugas
Com a saída dos Estados Unidos do acordo em maio de 2018, Teerã anunciou medidas gradativas de descumprimento dos termos do acordo nuclear. Uma delas seria o uso de mais de 10 centrífugas de enriquecimento de urânio.
Fazendo jus à sua declaração de sábado, o país instalou novas centrífugas de enriquecimento no complexo nuclear de Natanz.
"As seguintes centrífugas foram ou estão sendo instaladas: 22 IR-4, uma IR-5, 30 IR-6 e três IR-6s", publicou a declaração da AIEA a Radio France Internationale.
Ainda de acordo com a agência, os aparelhos deverão utilizar hexafluoreto de urânio, composto que pode ser usado na separação isotópica, ou seja, no enriquecimento de urânio.
Bomba atômica
Embora as centrífugas possam dar ao país persa a capacidade de enriquecer urânio a 20%, o Irã ainda estaria longe de ter urânio suficientemente enriquecido para a fabricação de uma bomba atômica.
Para fins de comparação, a bomba lançada pelos americanos em Hiroshima, Japão, estava carregada com Urânio-235 enriquecido a 80%.