Os números do Impostômetro, iniciativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), são calculados com base em levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, explica o economista-chefe da ACSP Marcel Solimeo.
"É um valor bastante alto, que representa o quanto a sociedade contribui para o governo", diz Solimeo à Sputnik Brasil. "O pior é que o recebido em contrapartida, em termos de serviços, deixa muito a desejar. Nós temos o pior dos mundos, pagamos muito e recebemos um retorno muito precário."
A carga tributária brasileira em 2018 foi de R$ 2,39 trilhões, o que representa 35,07% do Produto Interno Bruto (PIB). A cifra está próxima da participação dos impostos no PIB média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que em 2016 foi de 34%.
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro contribuem 49,86% de toda a carga tributária brasileira, informa o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. A mesma pesquisa também indica que o Distrito Federal é a unidade da federação que mais paga tributos em proporção à sua população, com uma média de arrecadação de R$ 58.486,78 por pessoa.
O economista-chefe da ACSP defende que o Governo Federal precisa cortar gastos e que ele fica "muito amarrado com os direitos garantidos pela Constituição para diversas categorias e finalidades".