Arrecadação de impostos no Brasil ultrapassa R$ 1,7 trilhão em 2019

© Folhapress / Dário OliveiraImpostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) passa da marca de R$ 636 bilhões. O Impostômetro é o painel eletrônico instalado na sede da ACSP, na rua Boa Vista, no centro da capital paulista, que marca, em tempo real, quanto os contribuintes pagam em tributos aos governos federal, estaduais e municipais.
Impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) passa da marca de R$ 636 bilhões. O Impostômetro é o painel eletrônico instalado na sede da ACSP, na rua Boa Vista, no centro da capital paulista, que marca, em tempo real, quanto os contribuintes pagam em tributos aos governos federal, estaduais e municipais. - Sputnik Brasil
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União, Estados e municípios já arrecadaram R$ 1,7 trilhão em 2019, segundo o Impostômetro. A cifra foi alcançada com 14 dias de antecedência em relação a 2018.

Os números do Impostômetro, iniciativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), são calculados com base em levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, explica o economista-chefe da ACSP Marcel Solimeo.

"É um valor bastante alto, que representa o quanto a sociedade contribui para o governo", diz Solimeo à Sputnik Brasil. "O pior é que o recebido em contrapartida, em termos de serviços, deixa muito a desejar. Nós temos o pior dos mundos, pagamos muito e recebemos um retorno muito precário."

A carga tributária brasileira em 2018 foi de R$ 2,39 trilhões, o que representa 35,07% do Produto Interno Bruto (PIB). A cifra está próxima da participação dos impostos no PIB média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que em 2016 foi de 34%

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro contribuem 49,86% de toda a carga tributária brasileira, informa o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. A mesma pesquisa também indica que o Distrito Federal é a unidade da federação que mais paga tributos em proporção à sua população, com uma média de arrecadação de R$ 58.486,78 por pessoa. 

O economista-chefe da ACSP defende que o Governo Federal precisa cortar gastos e que ele fica "muito amarrado com os direitos garantidos pela Constituição para diversas categorias e finalidades".

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