“Nesta quarta-feira, 11 de setembro, o representante dos Emirados Árabes Unidos, Khalfan al Mazrouei, que chefia a fundação Khalifa, juntamente com vários membros do Conselho de Transição do Sul, atacou a empresa de energia na província de Socotra, confiscou geradores e transformadores elétricos, assim como os retirou do local”, escreveu Mahrus em sua página no Facebook na quarta-feira (11).
O governador ressaltou que tais ações dos Emirados Árabes Unidos são inaceitáveis e que as autoridades regionais aumentariam medidas de segurança para proteger os estabelecimentos públicos.
Na terça-feira (10), o ministro do Transporte do Iêmen, Saleh Algabwani, acusou os Emirados Árabes Unidos de realizarem vôos a partir do Aeroporto Internacional de Riyan, no Iêmen, e usarem o porto de Riyan sem nenhuma coordenação com o governo nacional.
Algabwani também acusou os Emirados Árabes Unidos de apoiarem os rebeldes do Conselho de Transição do Sul, que costumavam ser aliados das forças do governo lideradas pelo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, mas recentemente entraram em confronto com eles pela retomada do porto de Aden.
As autoridades da província de Shabwah, no sudeste do Iêmen, também acusaram os Emirados Árabes Unidos de transformarem uma instalação de produção de gás natural liquefeito em Balhaf em uma base militar e exigiram a retirada das tropas dos Emirados.
Ações com a coalizão saudita
Os Emirados Árabes Unidos fazem parte da coalizão liderada pela Arábia Saudita, que foi solicitada a ajudar o Iêmen em sua luta contra os rebeldes xiitas. No entanto, atualmente, Abu Dhabi é acusada pelo Iêmen de apoiar os rebeldes do sul do Iêmen. Os Emirados Árabes Unidos negam as acusações.
Em 2018, os Emirados Árabes Unidos enviaram tropas para as Ilhas Socotra, o que foi criticado pelos iemenitas. As tropas dos Emirados Árabes Unidos deixaram o arquipélago após as tensões diplomáticas.