Segundo as leis do país, ele poder entrar com pedido de liberdade ao chegar à metade de sua pena. No entanto, um tribunal de Westminster afirmou que ele permanecerá preso.
A juíza do distrito londrino, Vanessa Baraiser, acredita que Assange poderia fugir, como já ocorreu quando o ativista pediu asilo na embaixada do Equador, local onde permaneceu por sete anos, para evitar ser deportado para a Suécia e Estados Unidos.
Investigação é arquivada em 2017 e reaberta em 2019
Assange era investigado por supostos crimes de assédio sexual no país europeu. A Justiça sueca decidiu arquivar o caso em 2017, mas, em maio deste ano, ele foi reaberto. O fundador do Wikileaks decidiu continuar na Embaixada por temer uma extradição para os Estados Unidos, onde poderia ser julgado por traição.
Assange foi condenado no Reino Unido por violar as condições de sua liberdade domiciliar em 2012, quando ele se refugiou na Embaixada do Equador com medo de ser enviado para a Suécia e depois aos EUA. Em 2010, o Tribunal Superior de Londres tinha permitido que Assange fosse mandado para o país escandinavo, dando início a uma batalha judicial.
“O senhor compareceu hoje nesta corte porque sua sentença está chegando ao fim, quando isso ocorrer, passará de ser um prisioneiro em serviço para uma pessoa que enfrenta uma extradição”, disse Baraiser.
Julgamento de extradição marcado para 25 de fevereiro
O julgamento de extradição de Assange para os EUA está marcado para 25 de fevereiro de 2020. Washington diz que ele vazou documentos secretos sobre operações do exército americano no Iraque e Afeganistão, acusação que pode acarretar numa pena de prisão perpétua. Especialistas, no entanto, dizem que ele poderia pegar no máximo 5 anos, por ter revelado informações verdadeiras como jornalista.
Em 11 de abril deste ano, o Equador decidiu retirar o asilo concedido a Assange, que foi então preso pela polícia britânica por violação de sua condicional.