"Vamos lançar um compromisso assumido em março, um fundo de investimento de US$ 100 milhões de dólares, ao longo de 11 anos, para conservar a biodiversidade na Amazônia, e esse projeto será liderado pelo setor privado", declarou Pompeo.
A promessa de criar um fundo para a Amazônia foi anunciada pela primeira vez em março, quando o presidente Jair Bolsonaro se encontrou com Donald Trump na Casa Branca.
Seguindo as palavras de Pompeo, Araújo criticou, sem citá-los, os governos que questionam a capacidade do Brasil de proteger seus recursos naturais e falou da soberania nacional que sublinha o entendimento com os Estados Unidos.
"Nossos amigos aqui nos EUA sabem que isso não é verdade [que o Brasil não é capaz de suportar o desafio ambiental na Amazônia] e precisamos estar juntos no esforço de criar um desenvolvimento conjunto que, estamos convencidos, é o único caminho para proteger a selva", avaliou o chanceler brasileiro.
Críticas europeias
Nos últimos meses, a Noruega e a Alemanha suspenderam suas contribuições ao Fundo Amazônia, um instrumento do governo brasileiro para receber doações destinadas a preservar essa floresta, alegando que as taxas de desmatamento estavam aumentando sem controle.

O presidente Bolsonaro respondeu com críticas aos dois países, observando que o Brasil não precisa de ajuda de terceiros e sugerindo que a chanceler alemã Angela Merkel poderia usar esse dinheiro para reflorestar seu próprio país.
Após os incêndios das últimas semanas, os países do G7 também prometeram um fundo para ajudar o Brasil no combate a incêndios, que também foi recebido com desconforto pelo líder brasileiro. Sobre isso, Araújo informou que Brasília crê que a ajuda de Washington é mais efetiva do que a dos países europeus para a conservação da Amazônia.
Durante sua visita de três dias a Washington, Araújo disse que discutiu um possível acordo de livre comércio com o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e com o secretário de Comércio, Wilbur Ross.
"Não há data específica, mas queremos em breve", revelou Araújo.