"Uma operação em Gaza poderia acontecer a qualquer momento, mesmo a quatro dias das eleições. A data das eleições não afeta [a decisão de ir para uma operação]", declarou o primeiro-ministro israelense nesta sexta-feira (13), após retornar da Rússia, onde se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin.
A votação deve ser realizada em 17 de setembro e os israelenses terão que eleger deputados para o parlamento Knesset, depois que a sessão anterior foi incapaz de formar um governo e votou pela dissolução em maio.
O comentário de Netanyahu reafirma a sua declaração anterior, em que ressalta que, devido às crescentes tensões, "não haverá escolha senão lançar uma operação, uma guerra com as forças terroristas em Gaza".
A declaração vem em meio a uma escalada de tensões na fronteira de Gaza depois que o Hamas lançou vários ataques contra Israel, que foram disparados contra as cidades portuárias israelenses de Ashkelon e Ashdod, soando as sirenes de alerta e causando a evacuação de Netanyahu, que estava realizando um comício pré-eleitoral.
Tensões antigas
O conflito entre Israel e a Palestina se estende há anos, com os palestinos buscando reconhecimento diplomático de um Estado independente nos territórios da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza.
O governo israelense se recusou a reconhecer a Autoridade Palestina como uma entidade política e diplomática autônoma e continua construindo colônias nas zonas, apesar das críticas das Nações Unidas.