"A suspensão das negociações patrocinadas pela Noruega entre o governo interino da Venezuela e o antigo regime de Maduro reflete a recusa do regime em negociar de boa fé. Mais uma vez, o regime vê as negociações como uma tática para ganhar tempo e subverteu os esforços de boa fé para encontrar uma solução política pacífica", afirmou o Departamento de Estado dos EUA em comunicado.
O texto da diplomacia estadunidense também reafirma que reconhece o autodeclarado presidente interino Juan Guaidó como governante legítimo da Venezuela e diz que as sanções impostas por Washington contra Caracas não serão retiradas até que o presidente Nicolás Maduro deixe o cargo.
O Departamento de Estado dos EUA afirma que "continua a apoiar" Guaidó, a Assembleia Nacional e o "povo venezuelano que continua a buscar a restauração da democracia em seu país".
"Para isso, os Estados Unidos e nossos parceiros invocaram o TIAR/Tratado do Rio, que facilita ações coletivas adicionais para enfrentar a ameaça representada pelo antigo regime de Nicolás Maduro ao povo venezuelano e à região. Esperamos reunir-nos com parceiros regionais para discutir as opções econômicas e políticas multilaterais que podemos empregar contra a ameaça à segurança da região que Maduro representa", diz o comunicado dos EUA.
Assinado em em 1947 no Rio de Janeiro, o TIAR também é conhecido como Tratado do Rio e prevê que uma agressão a um Estado-parte será respondida de maneira coletiva pelos demais.
Em 2012, o então presidente Hugo Chávez retirou a Venezuela do TIAR. A Assembleia Nacional, contudo, aprovou em julho deste a ano a volta de Caracas ao tratado.
Também nesta terça-feira, os Estados Unidos aplicaram uma nova rodada de sanções contra a Venezuela. Desta vez, os alvos foram 3 pessoas e 16 empresas.