O anúncio foi feito por Dan Smith, pesquisador do Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo (SIPRI), Suécia, durante um encontro com jornalistas na residência do embaixador sueco em Seul, Coreia do Sul.
Ainda em junho, um relatório do SIPRI dizia que o país asiático já disporia de 20 a 30 ogivas nucleares. Pela previsão de Dan, o país passaria a ter de 30 a 40 ogivas em 2020.
Desnuclearização
Caso seja verdade, o aumento do número de artefatos nucleares norte-coreanos seria prova de que o programa nuclear norte coreano está em pleno desenvolvimento, o que contraria as negociações da desnuclearização da península coreana.
"A definição de desnuclearização é uma grande questão a ser resolvida", disse Smith em entrevista ao Chosunilbo.
O maior obstáculo à desnuclearização seria o seu "caráter político", e não meramente "técnico", segundo o especialista.
Recentemente o chefe de Estado da Coreia do Norte, Kim Jong-un, convidou o presidente norte-americano para uma visita ao seu país. Trump descartou a visita por enquanto. Os dois líderes já realizaram diversos encontros históricos, mas que não resultaram em planos e ações concretas para a desnuclearização da península.
Programa nuclear
O programa nuclear norte-coreano tem sido tema de debate e preocupação desde a década de 1990. Com o fim da União Soviética, a Coreia do Norte iniciou a produção de armas nucleares em meio a duras crises econômicas.
O país testa regularmente mísseis capazes de carregar ogivas nucleares, tendo já realizado experimentos atômicos em instalações subterrâneas.
As frequentes tensões entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, somadas às desconfianças entre Pyongyang e Washington, aumentaram a insegurança no Pacífico.
Há décadas que a comunidade internacional tenta encontrar uma solução satisfatória para a crise nuclear da Coreia do Norte.