Durante uma reunião de segurança nacional, realizada na segunda-feira (16), os representantes militares americanos expuseram ao líder norte-americano, Donald Trump, uma estratégia com várias ações retaliatórias, incluindo ataques físicos e cibernéticos, comunicou a NBC News, citando funcionários dos EUA conhecedores da reunião.
De acordo com o Politico, citando fontes próximas a Trump, o presidente americano é contra atacar Teerã, porque ele quer cumprir sua promessa de campanha de manter Washington fora de qualquer novo conflito estrangeiro, além de estar preocupado que uma guerra com o Irã possa ter consequências econômicas.
O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Joseph Dunford, comunicou a repórteres na terça-feira (17) que o Comando Central dos EUA enviou peritos forenses para ajudar a Arábia Saudita a avaliar o ataque.
Autorização do Congresso
Posteriormente, o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara americana, Eliot Engel, informou em uma declaração que o presidente dos EUA precisa de um voto de autorização do Congresso antes de lançar qualquer ataque ao Irã em retaliação aos recentes ataques a refinarias sauditas.
Para Engel, a falta de estratégia da administração Trump gerou escalada e confusão no Oriente Médio.
O senador democrata americano Tim Kaine declarou à MSNBC que ele iria apresentar uma resolução dos poderes de guerra para forçar uma votação imediata para impedir qualquer ação militar não autorizada contra Teerã.
Enquanto que o senador Dick Durbin disse que Washington não possui um tratado de segurança com Riad e, por isso, não tem compromisso de defendê-la, mesmo que as evidências revelem que o país foi atacado pelo Irã.
Ataque a refinarias sauditas
Em 14 de setembro, duas refinarias da petroleira Saudi Aramco foram atingidas por drones e incendiadas. O incidente levou a um corte na produção de petróleo num total de 5,7 milhões de barris por dia - cerca de metade da produção diária de petróleo da Arábia Saudita. O encerramento das instalações petrolíferas provocou um aumento dos preços do petróleo em todo o mundo.
O movimento iemenita Houthis se responsabilizou pelo ataque. Os Estados Unidos, entretanto, atribuíram a culpa ao Irã, enquanto este nega as acusações.