Preço do petróleo cai pelo 2° dia seguido após ataque à refinarias sauditas

© AP Photo / Richard DrewBolsa de valores de Nova York, 20 de junho de 2019
Bolsa de valores de Nova York, 20 de junho de 2019 - Sputnik Brasil
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O preço do petróleo voltou a cair nesta quarta-feira (18) após o governo saudita afirmar que metade da produção interrompida por um ataque no fim de semana já havia sido restaurada.

O petróleo bruto de referência dos EUA caiu cerca de US$ 1 e foi a US$ 58,29 por barril no início das negociações. O petróleo Brent, referência internacional, caiu 85 centavos para US$ 63,70 por barril.

O ataque às instalações da Saudi Aramco em Abqaiq elevou os preços do petróleo em mais de 14% na segunda-feira, um aumento equivalente à invasão do Kuwait pelo Iraque antes da Guerra do Golfo de 1991.

Os preços médios da gasolina nos EUA foram de US$ 2,65 por galão na quarta-feira, acima dos US$ 2,59 na terça-feira e dos US$ 2,56 da semana passada.

A Agência Internacional de Energia diz que ainda não está considerado liberar estoques emergenciais de petróleo para compensar a queda na produção porque os mercados do combustível continuam bem abastecidos.

O ataque levou a uma queda de 5% na produção global, mas a Arábia Saudita disse que a produção será restaurada até o final do mês.

Rebeldes do Iêmen assumiram a responsabilidade pelo episódio, mas autoridades dos EUA disseram suspeitar do Irã, rival regional da Arábia Saudita. Na quarta-feira, os sauditas exibiram o que disseram ser mísseis de cruzeiro iranianos e drones usados ​​no ataque.

Uma escalada nas tensões entre os EUA e o Irã pode elevar o preço do petróleo novamente. O custo do barril de petróleo dos EUA subiu 30% este ano e ainda não voltou aos níveis de preços prévios ao ataque.

A Arábia Saudita também disse que se juntaria a uma coalizão liderada pelos EUA para proteger as hidrovias do Oriente Médio.

A coalizão, que inclui Austrália, Bahrein e Reino Unido, foi formada pelos EUA após ataques a petroleiros que as autoridades americanas atribuem ao Irã, bem como à apreensão de navios-tanque na região. O Irã nega qualquer conexão com os ataques.

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