A notícia foi dada pelo vice-premiê russo, Maksim Akimov, durante fala a jornalistas.
De acordo com Akimov, a decisão teria sido tomada após o último encontro entre os líderes da Rússia e China, Vladimir Putin e Xi Jinping, respectivamente, ocorrido neste domingo (16) em Vladivostok, Rússia.
"Em outras áreas temos cooperação no espaço e no setor nuclear. Na nossa agenda espacial a cooperação já foi ratificada por ambos os lados e já entrou em vigor. Neste ano iremos assinar um acordo detalhado sobre os locais de posicionamento das estações do GLONASS [Sistema Global de Navegação via Satélite] e do [sistema análogo chinês] Baidu", disse Akimov.
As plataformas de satélite deverão ser de órbita terrestre baixa. Elas terão como objetivo fornecer conexão rápida via Internet ao nosso planeta.
"Nós temos um projeto interessante para uma frota de satélites em órbita terrestre baixa para a distribuição de Internet rápida. O desenvolvimento do projeto já teve início", acrescentou a autoridade russa.
Proposta chinesa
Ainda em 2018, uma fonte da Sputnik no ramo espacial afirmou que a China tinha proposto à Corporação Estatal de Atividades Espaciais da Rússia (Roscosmos) o desenvolvimento conjunto de satélites de distribuição de Internet semelhantes ao britânico OneWeb e o americano Starlink.
Ao mesmo tempo, o gigante asiático cogita criar um sistema nacional de satélites com mais de mil plataformas espaciais localizadas nas órbitas baixa, média e geoestacionária em relação à Terra.
Os chineses teriam convidado a Rússia para participar do projeto em 50% do desenvolvimento tecnológico e das despesas.