Na sexta-feira (20), os houthis disseram que suspenderam os ataques com drones contra a Arábia Saudita e esperam que em resposta as autoridades sauditas parem as ações militares contra o Iêmen.
"Com a interrupção de suas agressões e bombardeios, nosso exército também interromperá os ataques com mísseis e o uso de drones em territórios remotos da Arábia Saudita. Contra o cenário de bombardeios, bloqueios e agressões em andamento, nossos ataques se tornarão mais dolorosos, mortais e destrutivos, afetará áreas ainda mais remotas e não haverá linhas vermelhas para nós", disse o líder do movimento Houthi, Abdul-Malik, em entrevista ao canal de TV Al-Masira.
As declarações vêm no contexto dos recentes ataques de drones às instalações de petróleo da Saudi Aramco, que forçaram a companhia nacional de petróleo da Arábia Saudita a encerrar suas instalações em Abqaiq e Khurais. Embora a responsabilidade tenha sido reivindicada pelos houthis, Riade e Washington culparam o Irã, que por sua vez refutou as acusações.
O Iêmen vive um conflito armado entre as forças do governo lideradas pelo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi e os rebeldes houthis há vários anos. A coalizão liderada pela Arábia Saudita realiza ataques aéreos contra os houthis a pedido de Hadi desde março de 2015.