A aliança, principalmente a Lista Conjunta Árabe, fez o anúncio aproximadamente ao mesmo tempo que seu líder, Ayman Odeh, publicou um artigo de opinião no jornal The New York Times falando sobre a mudança.
Foi a primeira vez desde 1992 que a maioria dos partidos árabes endossou um candidato a primeiro-ministro em Israel.
Pouco depois, Odeh conversou com o presidente israelense Reuven Rivlin, destacando que a prioridade da aliança era expulsar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu do poder e, portanto, recomendava o nome de Gantz.
Ele fez os comentários enquanto Rivlin consultava os partidos políticos israelenses sobre quem deveria formar o próximo governo após as eleições gerais da última terça-feira.
A Lista Conjunta Árabe conquistou 13 assentos na eleição, tornando-os a terceira maior força na legislatura de 120 assentos. Uma parte da aliança, com três assentos, sinalizou que era contra a decisão.
Mesmo com o endosso de todos os 13 assentos, Gantz e sua aliança centrista Azul e Branca ficariam aquém dos 61 necessários para a maioria. Ele deve ter o aval de 57 cadeiras durante as consultas de Rivlin. Netanyahu deve receber 55.
Também neste domingo, Rivlin ponderou que acredita em um governo de unidade, e que o mesmo deveria incluir o Likud de Netanyahu e o Azul e o Branco para criar uma coalizão estável. Contudo, Gantz já negou a possibilidade, após ser "convidado" a integrar um governo conjunto por Netanyahu.
Se um acordo não for alcançado nos próximos dias, cresce a possibilidade de Israel ter de realizar uma terceira eleição ainda este ano.