"Isso é a guerra do narcotráfico", disse Mourão, ao chegar ao Palácio do Planalto, segundo o jornal O Globo.
Ágatha estava em uma Kombi na última sexta-feira (20) quando foi atingida por um tiro. Segundo os moradores, não havia confronto e o disparo foi feito por uma policial em direção a um motociclista que não tinha atendido à ordem de parar.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou em nota que agentes foram atacados por traficantes e revidaram.
Este foi o primeiro pronunciamento público sobre o caso de uma autoridade ligada à Presidência da República. O presidente Jair Bolsonaro ainda não fez nenhum comentário.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse confiar que os fatos serão "completamente esclarecidos pelas autoridades".
"O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, lamenta profundamente a morte da menina Agatha, é solidário à dor da família, e confia que os fatos serão completamente esclarecidos pelas autoridades do Rio de Janeiro. O Governo Federal tem trabalhado duro para reduzir a violência e as mortes no País, e para que fatos dessa espécie não se repitam", disse, por meio de nota divulgada pela assessoria.
Ágatha foi a quinta criança morta por bala perdida este ano no Rio e 57ª desde 2007, de acordo com levantamento da ONG Rio de Paz.
O Departamento de Homicídios do Rio de Janeiro vai ouvir nesta segunda-feira os policiais militares da UPP Fazendinha que participaram da ação que terminou na morte da menina.