"Balakot foi reativado pelo Paquistão muito recentemente", afirmou o chefe do Estado-Maior do Exército da Índia, general Bipin Rawat, a repórteres nesta segunda-feira.
O general informou que o campo no nordeste do Paquistão foi destruído por jatos indianos em fevereiro, mas "agora eles levaram as pessoas para lá".
"Esses números continuam flutuando, mas eu diria que sim - há pelo menos 500 pessoas esperando para se infiltrar na Índia", garantiu.
Tropas adicionais foram enviadas ao longo da Linha de Controle (LoC) na disputada região da Caxemira "para garantir que a infiltração seja controlada ao máximo", comentou o militar.
O ataque aéreo de Balakot quase levou os países vizinhos à guerra. A Índia alega que enviou os jatos para bombardear campos terroristas pertencentes ao grupo jihadista Jaish-e-Mohammed (JeM) em solo paquistanês. O grupo já havia realizado vários ataques mortais contra a Índia, incluindo um bombardeio de comboio no distrito de Pulwama, na parte controlada pela Índia da Caxemira, que matou 40 policiais militares.
Autoridades indianas acusaram o Paquistão de apoiar secretamente os militantes. Islamabad nega veementemente ter vínculos com grupos terroristas.
O Paquistão também negou que os ataques aéreos indianos perto de Balakot tenham causado danos em solo e acusou Nova Déli de violar sua soberania. As hostilidades se transformaram em bombardeios transfronteiriços e em combate aéreo aberto. Um piloto indiano foi abatido no espaço aéreo paquistanês e rapidamente entregue ileso pelo Paquistão à Índia.
Os vizinhos acabariam trocando uma série de gestos amigáveis, mas suas relações, no entanto, atingiram uma nova baixa no mês passado, depois que a Índia revogou o status de autogoverno da parte da Caxemira que controla. Nova Déli argumentou que a medida ajudará a luta contra o terrorismo e impulsionará a economia da região.
Já o Paquistão criticou fortemente a medida, dizendo que ela viola o direito internacional e levará ao derramamento de sangue na Caxemira.