Ágatha foi atingida por um tiro durante ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro na sexta-feira (20). A menina de 8 anos faleceu no dia seguinte, gerando comoção nacional.
Os moradores da favela onde a Ágatha foi baleada alegam que não houve troca de tiros no local e acusam a PM pelo disparo, que teria como alvo um suspeito. Ágatha estava com a mãe dentro de uma Kombi que passava pelo local.
A coletiva de imprensa do governador acontece três dias após a morte de Ágatha.
"Eu também sou pai e tenho uma filha de 9 anos. Não posso dizer que sei o tamanho da dor que os pais da menina estão sentindo. Jamais gostaria de passar por um momento como esse. Mas sei que jamais gostaria de passar por um momento como esse", disse Witzel, que também afirmou que manterá a atual política de enfrentamento.
O governador do Rio de Janeiro também afirmou que é "indecente usar um caixão como palanque" e defendeu o chamado pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Ao lado de Witzel durante a coletiva de imprensa, o secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, afirmou não se pode "de maneira nenhuma, ligar a morte da menina Ágatha à política de segurança do Rio de Janeiro".
Nos primeiros 6 meses do governo de Wilson Witzel no Rio de Janeiro, a polícia matou 881 pessoas, segundo números do Instituto de Segurança Pública (ISP), um recorde em pelo menos 10 anos.