"Temos dito repetidamente ao inimigo que se houver qualquer violação relacionada ao Irã, eles enfrentarão a mesma ação que ocorreu com o drone americano e o petroleiro britânico", afirmou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, major-general Mohammad Hossein Baqeri, citado pela agência de notícias Tasnim.
Mohammad Hossein Baqeri acrescentou que o Irã não tem nenhuma inimizade contra a Arábia Saudita nem contra os Emirados Árabes Unidos.
Anteriormente, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, ressaltou que seu país não permitirá que ninguém viole suas fronteiras. Além disso, o comandante da Marinha do Irã, Hossein Khanzadi, deixou claro que Teerã está preparada para defender suas fronteiras marítimas e responder "esmagadoramente" a qualquer agressão inimiga.
Aumento de tensões
As tensões entre o Irã e a Arábia Saudita dispararam na semana passada com os ataques a refinarias sauditas da petrolífera estatal Aramco Saudita, ocasionando paralização temporária da maior refinaria do mundo, aumento do preço do petróleo e da incerteza no mercado mundial.
O movimento iemenita Houthis se responsabilizou pelos ataques às refinarias, mas os Estados Unidos responsabilizaram o Irã. Por sua vez, Teerã refutou as acusações.
Em 21 de setembro, os EUA enviaram o destróier Nitze para a costa nordeste da Arábia Saudita, em uma tentativa de "preencher a lacuna" na defesa antiaérea saudita.
Em agosto, os Estados Unidos convocaram Austrália, França, Alemanha, Japão, Noruega, Coreia do Sul, Reino Unido e outras nações a se unirem em uma coalizão que garantiria a passagem marítima segura pelas vias estratégicas do golfo por meio de vigilância aérea e navios-patrulha.