Augusto Aras, indicado pelo presidente Bolsonaro para a Procuradoria Geral da República (PGR) foi sabatinado nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
"Posso dizer, com tranquilidade, que a súmula que disciplina o nepotismo não o estende a agentes políticos. Em todos os estados e municípios, há filhos e parentes de primeiro e segundo graus ocupando cargos em secretarias de estado ou em secretarias de município, sem que isso atinja nenhum valor constitucional. Evidentemente, esta Casa é soberana e poderá decidir o que pensa acerca desse tema e merecerá o meu respeito", afirmou Aras aos senadores.
Em julho passado, Jair Bolsonaro tornou pública sua intenção de conceder a seu filho o maior posto da diplomacia brasileira em Washington. O plano do presidente teve as mais diversas reações tanto na base do governo quanto fora.
A indicação do ainda não foi oficializada pelo presidente Bolsonaro. Se o processo avançar, Eduardo também será sabatinado no Senado e ainda precisará buscar o apoio da maioria dos 81 senadores em votação secreta na casa para ocupar o cargo.
Para ser confirmado no cargo, Aras precisa ter apoio de 14 dos 27 titulares presentes na CCJ, e de 41 senadores no plenário, onde a votação secreta deverá ocorrer ainda nesta quarta-feira, informou Agência Brasil.