Durante entrevista à emissora Rossiya 24 na terça-feira (24), Maduro disse que os "Estados Unidos têm sete bases militares no interior da Colômbia" e que isso é "uma vergonha para os latino-americanos".
Para Maduro, a Colômbia "caiu nas mãos de uma oligarquia disposta a entregar o país", por meio da qual, "especialmente nos últimos anos, houve um processo de desnacionalização, de entrega" de seu território.
"Há sete bases militares que vêm apontando para a Venezuela há anos", porque os estrategistas "extremistas" e belicistas dos EUA "pensaram na Colômbia como a base para uma escalada de um conflito armado contra a Venezuela", algo que em Caracas "não permitimos nem vamos permitir", disse ele.
Processo de diálogo
O líder bolivariano reiterou que seu governo está disposto a estabelecer relações de respeito e cooperação em assuntos financeiros, comerciais, petrolíferos, políticos e diplomáticos com os EUA, desde que Washington pare de "fazer guerra" contra o país sul-americano.
"Estaríamos dispostos a iniciar um processo de conversas, diálogos, negociações, para tentar estabelecer uma relação de respeito", disse.
O diálogo com a oposição moderada, para assegurar a renovação da Assembleia Nacional no próximo ano, também foi destacado por Maduro durante a entrevista.
"O que posso dizer agora é que a Venezuela vai ter suas eleições parlamentares, vamos participar", disse o presidente, adicionando que o governo dos EUA "já está pensando em sabotar as eleições parlamentares".