Nessa semana, pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, encontraram um mineral antes desconhecido dentro de um diamante da África do Sul. A estrutura química do mineral é muito incomum, raramente encontrada no manto terrestre. Os resultados da pesquisa foram publicados pela revisa especializada American Mineralogist.
A doutoranda Nicole Meyer e a sua equipe realizaram uma série de estudos geológicos que lhes permitiram indicar que o diamante se formou a uns 170 quilômetros debaixo da superfície terrestre, em uma temperatura estimada em 1.190 graus Celsius.
Congratulations to @UAlberta PhD student, Nicole Meyer. It is wondrous that new minerals are still being discovered! https://t.co/XjLVzQncZ9
— Rebecca Dolgoy (@RebeccaDolgoy) September 24, 2019
Parabéns para a doutoranda da Universidade de Alberta Nicole Meyer. É maravilhoso que novos minerais ainda estão sendo descobertos!
O mineral descoberto foi batizado como "goldshmidtita", em homenagem ao fundados da geoquímica moderna, Victor Moritz Goldshmidt.
Por ter sido encontrado em uma parte muito profunda e antiga do nosso planeta, a amostra oferece dados inéditos sobre a química de tempos ancestrais, funcionando como uma verdadeira máquina do tempo.
Uma vez que é praticamente impossível acessar o manto da Terra, os pesquisadores recorrem a pequenos fragmentos de diamantes para aprender mais sobre a química das profundezas terrestres.
"A goldshmdtita tem altas concentrações de nióbio, potássio e elementos presentes nas terras raras, como o lantânio e o cério, enquanto no restante do manto terrestre predominam outros elementos, como o magnésio e o potássio", esclareceu Meyer.
A pesquisadora ressalta que o mineral só pode se formar como resultado de processos excepcionais e bastante complexos, o que reforça a importância desta descoberta para a ciência moderna.